Desocupação de prédio em São Paulo deixa 400 pessoas na rua
A política da especulação imobiliária - a exemplo do que ocorreu na cracolândia – tem levado o prefeito Gilberto Kassab a autorizar a retirada de milhares de pessoas de suas casas.
A desocupação aconteceu na última quinta feira (2) em um dos pontos mais famosos da cidade de São Paulo, a esquina da Avenida Ipiranga com a São João, tal desocupação deixou cerca de 400 pessoas sem moradia.
Aproximadamente 230 famílias ocuparam o prédio de três andares na famosa esquina há três meses, já que o imóvel estava abandona a anos, a anos sem um uso prático, servindo apenas de moradia para ratos.
Antes da ocupação o prédio era lotado de entulho, além de ser cheio de ratos e baratas.
“A gente não sabia o que estava esperando, a sujeira, ratos mortos, fios desencapados, canos quebrados. Nós limpamos tudo, foram dois meses de luta para limpar” diz a costureira Petrolina Almeida, que optou pela ocupação após ser despejada de sua antiga casa por não poder pagar o aluguel, de R$ 500. Com a desocupação ela afirma não saber onde morar.
Desde antes das 5H, horário agendado pela polícia para começar a desocupação, os moradores já protestavam nas janelas do prédio, gritando palavras de ordem e batendo garrafas de plástico.
Todos os pertences estavam arrumados dentro dos quartos, mas ninguém sabia para onde iria após a chegada da polícia. Dias antes, funcionários da prefeitura foram até o local e coletaram os nomes de todos os moradores, mas não garantiram que eles iriam para algum abrigo – ou seja, a prefeitura nem se preocupou em fornecer um abrigo provisório – ou participariam de algum programa habitacional após serem retirados do imóvel.
Do lado de fora uma fileira de policiais militares estavam preparados para executar sua violência contra o povo pobre, contudo não houve violência porque os moradores preferiram não resistir, já que com as notícias da truculência da polícia na desocupação do Pinheirinho em São José dos Campos a menos de duas semanas os inibiram de tal resistência.
Por volta das 9H30 da manhã ocorreu a desocupação, os moradores se retiraram e em seguida entraram em grupos menores para pegar seus pertences – colchões, roupas, fogões, panelas e madeiras.
Após saírem do prédio onde viveram por três meses, as famílias fizeram, com as madeiras retiradas de sua antiga moradia, um barraco improvisado, onde pretendem ficar o máximo possível, já que muitas não têm para onde ir.
Isso é a democracia, preferem deixar um imóvel sem uso a ser utilizado por pessoas que necessitam de moradias, enquanto ratos, baratas e entulho estiver ocupando o espaço não a problema, mas quando um ser humano ocupa o estado investe com violência.
Até quando? A elite que comanda tal barbárie é minoria, o povo é maioria, surge o momento de lutar, de nos organizar e derrubar este estado opressor!
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